O sincero relato da atriz de ‘Maria Callas’ sobre estupro sofrido 1d2f1a
Suzie Kennedy interpretou Marylin Monroe no longa 1v4c24

Suzie Kennedy, que interpretou Marylin Monroe em Maria Callas, revelou ter sofrido abuso sexual por anos de seu padrasto, com quem foi obrigada a se casar aos 18 anos. Após os divórcio de seus pais, Suzie, a irmã mais velha e a mãe saíram dos Estados Unidos para retornar a Inglaterra, terra natal da família. Logo depois de terem se instalado novamente no país, a mãe da atriz começou a namorar seu padrasto, a quem ela se refere como “agressor”. Na época, ele se mudou com seus dois filhos para a casa de Suzie e, por um logo período, manteve um relacionamento aparentemente “paterno” com ela. Suzie costumava a o chamar de pai, já que vivia comprando presentes para ela e a defendia em brigas com a mãe ou irmã.
Com essas pequenas atitudes, Suzie criou um vínculo de confiança no agressor. Aos 11 anos, ele tinha o costume de dar banho nela e apalpar suas partes intimas, sem Suzie perceber maldade nas intenções do então “pai”. Menos de um ano depois, ele a estuprou pela primeira vez. “Depois, ele disse: ‘É só porque eu te amo. Se você contar para alguém, vai ficar sob cuidados especiais. Ninguém vai acreditar em você'”, lembrou a atriz. Aos 13 anos, a mãe de Suzie terminou com o padrasto, no entanto, sugeriu para que eles morassem juntos, já que ele era uma “figura paterna”. A partir deste momento, os abusos ficaram contínuos. Ele a proibiu de estudar para evitar que ela tivesse contato com outros meninos, obrigou-a tomar anticoncepcional para “controlar as espinhas” e dormia quase todos os dias com ela.
Assim que completou 18 anos, e ele 51, o padrasto a convenceu de que, “por motivos legais”, eles precisavam se casar no papel. Três anos depois, ela decidiu investir na carreira de “sósia” da Marylin, já que era a única profissão que seu agressor deixava ela exercer, mas a ameaçava cavando “túmulos” no jardim caso ela o traísse. Em 2007, durante um trabalho, um modelo a chamou para sair – quando Suzie o contou que se ela aceitasse o padrasto poderia matá-los, o colega abriu seus olhos para a situação de abuso. Após a conversa, ela conseguiu pedir ajuda do amigo depois de um episódio de estupro, que prontamente ligou para a polícia.
Suzie tomou coragem para denunciá-lo e, durante a investigação do caso, um dos filhos do agressor testemunhou que já tinha visto seu pai abusando-a. O homem respondeu por seis acusações de estupro e nove de agressão contra ele. Preso preventivamente, o agressor tirou a própria vida na prisão dois meses após a detenção.