Baía de Guanabara deixou de receber cinco bilhões de litros de esgoto por mês 6y2623
Avanço faz parte de programa de saneamento que instalou tubos coletores em bairros da Zona Norte e do Centro da cidade do Rio u6i28

Desde 2023, com a instalação de troncos coletores nos bairros de Cidade Nova, no Centro, e Manguinhos, na Zona Norte do Rio, a Baía de Guanabara, um dos principais cartões postais cariocas, deixou de receber cinco bilhões de litros de esgoto não tratado por mês. Até então, os resíduos eram lançados sem qualquer tipo de tratamento diretamente nos mangues, que desaguavam na enseada. Agora, os dejetos têm sido direcionados para estações de tratamento, o que contribui para a despoluição, inclusive, de praias como a do Flamengo, que por vezes teve sua água própria para banho neste ano.
Finalizado primeiro, o sistema de coletores da Cidade Nova foi entregue em 2020 pelo Governo do Rio, com 4,1 quilômetros de tubos com capacidade para captar até 700 litros por segundo, volume que é direcionado para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria. Em Manguinhos, cuja tubulação foi finalizada em 2023, são 4,45 quilômetros de extensão e capacidade um pouco maior, de transportar 1.293 litros de esgoto por segundo.
Naturalmente, tais implantações beneficiam milhares de pessoas nos bairros do entorno dessas regiões, casos do RIo Comprido, Catumbi e Estácio, por exemplo, no Centro, e Bonsucesso, Benfica, Engenho Novo e Mangueira, na Zona Norte.
Nas contas do governo fluminense, são quase 800 mil moradores beneficiados, embora o problema da falta de saneamento básico e tratamento de dejetos persista em grande parte dos conjuntos de favelas dessas duas regiões, onde parte da população ainda vive às margens de valões e esgotos à céu aberto.

Vale lembrar que o tratamento dos dejetos reduz não só a poluição em locais com potencial turístico e de lazer, como a Baía de Guanabara, mas também causa impactos na biodiversidade marinha e diminui a possibilidade de contaminação da população, que pode causar doenças de veiculação hídrica, como diarreia e hepatite A.
As obras fazem parte do Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (PSAM), coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. De acordo com o Governo do Rio, a intenção é que outros municípios da Região Metropolitana do estado também tenham obras como essas iniciadas ainda neste ano.
“As intervenções são fundamentais para reverter o quadro histórico de poluição na Baía de Guanabara. Agora, vamos ampliar as obras realizadas pelo programa de saneamento, levando para outras partes do estado”, projeta o governador Cláudio Castro”.